Novo termo paulistóide da publicidade: “Além disso, tem todo um mercado de infoprodutores que não para de crescer.”
Infoprodutores, termo para designar um grupo de pessoas que tem, com a pandemia, mudado o ‘modelo de negócio’. Antes vendiam produtos de marcas e agora passam a usar sua ‘influência’ para vender os próprios produtos.
“Se essas tendências todas pegam, muito em breve as marcas vão se tornar um acessório opcional no mix de negócio do influenciador, pois este mesmo estará se tornando uma marca. E o que restará para as marcas então? Tornarem-se influenciadoras. :)”
O que acho interessante nessas propagações de pensamento publicitário de ‘think tank influencer’ brasileiro é a informação antiga repaginada, é um fingimento cínico de que determinada coisa já não estava acontecendo… é uma questão de tom. No caso, marcas se tornando influenciadoras, Magazine Luiza faz isso há anos, Casas Bahia, Zoom etc. É mais um processo de adequação dos pensamentos de ‘influenciadores’ do que necessariamente um espaço de novas ideias ou de libertação dessa profissão (‘influencer’).
O discurso do texto é um filme institucional dos anos 60, sabe? Uma nova versão para os clássicos hits cinematográficos “Como se portar na fábrica” e “Você também será patrão um dia”.
Aqui o discurso é feito a partir da noção de que os influenciadores estão na frente das marcas, o que é uma mentira. A apresentação desses textos vêm carregados de uma vibe ‘as últimas novidades na onda da influência’, mas não passam de uma roupa nova num discurso velho e batido (tanto para o marketing publicitário quanto para o capitalismo), ignorando completamente qualquer tipo de responsabilidade social – a não ser quando é extremamente necessário.
Complacência é um termo muito bom pra pensar essa galera, não só o publicitariado paulistóide, mas o movimento global de ignorar que temos o Facebook matando milhares de pessoas , temos pessoas matando e transmitindo para milhares no Facebook e, só pra citar mais uma belezura, temos Columbine à Brasileira – o prato favorito do neoliberalismo.
Os temas abordados não condizem necessariamente com um alerta ou projeção de tendências para serem debatidas ou construídas, a intenção dessa propagação de ideias me cheira à marcas percebendo que o ‘marketing de influência’ como tava posto não dava retorno direto, ou melhor, existem outros interesses mais lucrativos no marketing empresarial (por exemplo o cashback e aplicativos em que o ecossistema é financeiro e não regulamentado – picpay, ame digital etc).
Assim, o YouPix serve pra ‘acalmar’ influenciadores e ‘justificar’ um espaço pra esse marketing de influência que se sucateará com o tempo, vimos isso acontecer com banner, com patrocínio em publicações de texto, em publicações de vídeo também, agora tá começando a hora da influência ir barateando e minguando também.
Uma boa articulação política seria juntar nessa galera, panfletar na frente da fábrica deles para junta no sindicato e fazer greve. E olha, é exatamente isso que o YouPix tá fazendo, tá fazendo isso há anos porque foi quem formou esse tipo de trabalhador aqui no país.
A coisa vira tipo um altidór, a galera tem um espaço de migração de um nicho de mercado, se altidór não funciona mais (por conta de lei da cidade limpa ou a falta de uma câmera escondida pra ler como as pessoas reagem ao teu anúncio), recriamos o altidór em espaços internos, com tecnologia e a porra de umas tela de LED que mexe.
Assim, o tal do marketing de influência acaba passando para um outro modelo, “se autopromova, mas não abandone as marcas da publicidade, quem sabe um dia elas não te chamam? Portanto, seja você também uma marca”. A marca é o patrão, mesmo quando o patrão manda policia te enfiar o cacete por ter ido no sindicato, mesmo quando tu faz serão e o puto não te paga um centavo a mais. A marca é a marca e você é a marca também.
A questão da ideia capitalista é a mesma, a burrice foi e continua sendo a nossa de não ser punk o suficiente (referência de chan neonazi galera, toma cuidado…) pra apontar e reconhecer esses novos lugares, amarrando as novas roupinhas com a velha merda. É preciso mesmo dizer Influenciador é Trabalhador, qual a próxima profissão da moda? A gente precisa coagular nessa galera. YouPix é panfletagem em porta de fábrica, como que a gente faz essa merda? Porra, eu não sei. Mas aí galera, se quise chegar junto pensa nessas parada aí manda tima no cy manda um email no blog.
Na próxima coluna que estou escrevendo voltarei ao normal, abandonando esse meu alter ego polido, para ensinar a gente como montar uma quadrilha e combater a inflação.
Uma vez enviei um artigo desse pessoal pra uma amiga com o seguinte bilhetinho virtual: “n gosto muito do tom desse pessoal, acho muito ‘tudo q vem da gringa é bom, vamos abrazileirar’
uma coisa bem faria limers
mas enfim, acho importante ver que que essa galera ta falando pq querendo ou não impacta nossas vidas mesmo que não usemos essas ferramentas”
Ou seja, uma porra. Tamo refém de uns cacetobas ricaços propagando um pensamento americanóide trajando de nacional.
Lembremos que para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária precisamos, além de procedimentos de reparação e tudo mais, entender como a porra do publicitário fala, pensa e faz. São esses bostalhões de meia longa e calça curta quem ditam quando quais onde serão os novos proletários e os novos patrões, até mesmo quem serão os apoiadores silenciosos de repressões e agressões. Antigamente, era a porra de um protocartel de empresas em que um bando de taradões paulistóido-gringolões se punhentavam ao importar máquinas de choque dos estados unidos. Hoje, quem faz essa merda é a gente.
É virtual, então a gente sente menos culpa.
É virtual, então a gente tá mais distante.
É tão virtual que podemos até nos iludir de que não é com a gente.
É tão virtual que é terceirizado.
É tão terceirizado que a gente se acha independente.
Somos tão independentes que achamos que não podemos fazer nada.
É quase como se o processo de terceirização neoliberal tivesse permeado o horizonte cultural, nos fazendo crer e internalizar pensamentos e políticas que não condizem com nosso desejo de mundo e de vida.
Então, irmẽzinhe, entra em contato ai no nosso email manda um e-mail que passo mais de um ano de conteúdo desse publiciatarióide parasitário de responsabilidade – é tipo ovo de mosca na cabeça. Um dia você está bem em casa, quando você sua cabeça está doendo e um pouco inchada, no dia seguinte sua testa fica um pouco roxa, no terceiro tu vai ao hospital direto pra UTI diagnosticado com ‘rara do doença: cara de shrek roxo”.
ALTER EGO DEACTIVATION INSTALLER TROUBLESHOOTING
como o Hino Nacional Brasileiro sempre ensinou carregamos um monte falsificação ideológica habitacional, eleivação de neonazi à brasileiridade institucionalizada sustentando na construção do ser social nacional e realitário o desejo autopunitivo da lactação matinal de mimozinhos desaparentados. BILHÕES DE DÓLARES duns gringolão sado de merda desde sempre são sustentando por você. Coma bis volta daqui duas semana vamo abri uma gangue bolada!!!!!
Ex-vegano entrE no Burro faz cavalinho de pau, vira um Gato e transforma em Fiona,
Escrito Anonimamente pela Comunicação Institucional de Excelentíssimo Prof Dr Vino Curvelo.
.AUTORIZAÇÃO EDITORIAL NEGADA.
Falando a antiga, cara a cara, porrada na cara de quem vem do analógico.
Gostei!